domingo, 19 de abril de 2009

DejaVu e Kiko Zambianchi Show - Directv

DejaVu - Jogar as Chaves

Dejavu - Só mais um minuto

1995 – Banda Deja Vu.. O Início

Em 1995 iniciei juntamente com Mauro Martins, o embrião da Banda Deja Vu, trabalho este que seguiu a sequencia de um trabalho interrompido com Mauro em 1987, cuja banda na época se chamava BIA SERRON, tempos depois novos integrantes se juntaram ao Deja Vu para chegar finalmente a formação atual a saber Mauro Martins "Guitarra", Marcos Cruz "Vocal", Áureo Galli "Teclados", Ricardo Cruz "Guitarra", "Marcos" Bateria e Caveira "baixo". O primeiros singles "Jogar as Chaves","Vou" e "Fale", são regularmente executados na Nova FM(SP), Transamérica FM e em diversas Fms em cidades do interior Paulista. A banda também realiza shows pelo circuito alternativo em todo o Brasil.
Site Banda Deja - www.dejavu.com.br


1995 - Estudio Ensoniq Brasil


Este era o meu local de trabalho quando especialista Ensoniq, neste local ministrei suporte tecnico e também desenvolvi os produtos Ensoniq na época para os usuários consumidores destes produtos na época.

1995 - Workshop com Roy Elkins


Especialista Mundial da Ensoniq Roy Elkins, apos a realizacao de um Workshop em dupla no teatro da Cultura inglesa, aparecem na foto meus amigos Roberto Sallaberry e Eron .

1994 - Pride Music Especialista Ensoniq

Workshop Ensoniq, realizado em Curitiba

Iniciei meu trabalho de especialista de produtos da fábrica de teclados Ensoniq. Ministrando consultoria para músicos, usuários e suporte tecnico aos revendedores autorizados, na importadora Pride Music.



1991 - Banda Tecnocover

Fundei o trio de tecnopop Cover "Tecnocover", banda revolucionaria que não possuia baixo e bateria, utilizando-se para isso de tecnologia de sequenciamento
Integrantes da Banda Tecnocover "esquerda para a direita" Miro Pinhal/guitarras, Karlinhos Sobreira/Vocais, Áureo/Teclados/ sequenciador/drum machine ". Eu possuia um multicabo Gothan com 8 vias independentes, para mandar todas as peças da bateria D4 , baixo, samplers, usava até um técnico de som.

A banda tocou com relativo sucesso, devido a grande qualidade das sequencias desenvolvidas, inclusive com dinamica precisa de bateria e baixo, tocando as principais pérolas do Dance, Hard Rock, New Wave mundial, integrantes: Miro (GTR), Carlinhos (Vocalista) . Só para uma avaliação do que foi este trabalho para mim.

Eu demorava em média 1 dia inteiro só para sequenciar e programar a trilha da bateria e do baixo da musica, só para conseguir o efeito dinamico igual ao de músicos "em carne e osso", o Stress foi tão grande que, após 8 meses eu conclui um repertório de 45 musicas, ficanfo a seguir 3 meses sem olhar para o equipamento, só de raiva em função ao desgaste pisicológico que ele gerou, passada a neura, o resto foi fácil, chamei o pessoal e começamos a trabalhar...

Set ups..set ups...


Meu equipamento na fase Áries, Yamarra DX7, Korg Poly 800, Rack Roland U110 (preso engenhosamente embaixo do Dx7 por borboletas, remote controller RK100 Korg, e midi pedal pacht bay 4x4 J. Cooper

1990 - Banda Áries no Woodstock Bar

Woodstock Bar - O templo do cover Rock


Uma das inumeras apresentações no antigo templo do Cover Rock do Brasil, o
"extinto" Woodstock Bar. Um bar tão importante e avançado que até computador para gerenciar namoro virtual ele possuía, e isto em 1989!!, um sistema de som e iluminação muito avançado para a época. uma verdadeira honra ter tocado neste bar regularmente....

1990 - Banda Áries na TV








sábado, 18 de abril de 2009

1987 – Minha Entrada na Banda Áries



Tudo transcorria muito bem para mim quando tocava na Overdose, uma banda legal.. bons musicos que se tornaram meus amigos.. Entretanto na vida surgem as encrizilhadas, com caminhos diferentes a serem escolhidas durante a vida. minha entrada na banda de Cover Rock Áries uma das melhores do genero cover no Brasil, não foi diferente. A Banda era formada na época por Helio (Bass & Vocals), Malla (vocais "in Memorian"), Rick (gtr), Ademir (drums), Uma banda Grande que se apresentava nas melhores casas de São paulo como a descontinuada Woodstock...

Um fato curioso foi a minha entrada no Aries, tudo começou quando coincidentemente a Banda Overdose se apresentaria no bar em frente do bar onde o Aries iria se apresentar. No meio do show, todos os "Fab Four" do Aries entraram no nosso bar, quando o cantor da banda Edu, "Hoje dono do Bar Alcatraz no bexiga", viu ops caras entrando no bar, ele me disse: -"Aureão vamos tocar o Europe", que era música mais fud... da época para se tocar.
E tocamos a "Final Countdown", acho que este foi o erro histório de meu amigo Edu, pois os caras escutaram a musica e sairam depressinha logo após o término da mesma. Na segunda feira me liga o Helinho Baixista do Áries na firma onde eu trabalhava, e o papo foi mais ou menos assim.....
Helio - Alo ?,
Eu - Alo
Helio - Tudo bem, eu sou o Helio do Aries, desculpe a falta de ética mas nós estamos precisando de um tecladista para tocar com a gente.
Eu - desculpe Helio mas eu já estou tocando com o Overdose a bastante tempo, eles alem de amigos são como irmãos, e acho que vou ter que recusar seu convite...
Helio - é mesmo e quantos show vocês fazem por mês, quanto vocês ganham ???
Eu - aHa !!! nós temos uma agenda de 6 show por mês, e o cachê não sai por menos de 75,00 "Cruzeiros" para cada um...
Helio - puxa que pena nossa agenda é de 8 shows, e o cachê é de 250,00 para cada um...
Eu- "já interrompendo" - Quando é que a gente começa a ensaiar!!! A musica Final Countdown " Europe" eu toco em Fa#m ok???
E lá fui eu para o Áries, acho que o Edu se arrepende até hoje de ter sugerido o Europe para mostrar para os caras.... entretanto o mundo "deu voltas" e atualmente, além das bandas que eu toco, eu também toco com meu amigo Edu em um bar no Bexiga chamado Dimitri com a Banda Alkatraz, que falarei masi para frente..

O Dia que os Cupins Comeram o meu Korg keytar..



(born)1984/(died)2002 - parece nome de filme classe B de Eddie Wood, mas não é uma ficção. Esta história é verídica, "acredite quem quiser", Isto aconteceu com o meu velho e "finado" companheiro de estrada, o remote controler "Korg RK-100" que guanhei de meu pai em 1984. Ele era a maravilha tecnológica da época..., pois permitia que eu pudesse me locomover tocando ou pior.. me aventurar pelo palco, podendo sair do meu sempre lugar estático .

Com isso eu podia me locomover "tocando" para qualquer lugar do palco onde desejasse, o problema é que geralmente quem está acostumado a tocar em uma posição estática, descobre que se aventurar fora do seu lugar habitual pode proporcionar, experiências muitas vezês "dolorosas"...Eu tenho várias histórias desastradas para contar sobre minhas apresentações com este aparelho porem, já que 90% delas tem muito ver com tombos, tropeços em monitores de chão, quedas de palcos e pancadas aplicadas "sem querer" na cabeça de colegas de banda, eu prefiro não mencioná-las.

Porem A história mais interessante de todas, foi justamente aquela que relata o triste fim que este aparelho veio a sofrer, devido a um problema em seu processador ,(lembro que este KORG possui 20 anos de vida), ele acabou por ficar inutilizado para o uso, então eu... triste, mas com muito respeito aposentei o companheiro de tantas noitadas. Guardei meu guerreiro de muitas noitadas no sótão da casa de meus pais, o problema é que ele, "por ser de madeira japonesa finíssima", acabou por virar banquete dos cupins que residiam no local.

Curiosamente eu consegui vender meu "queijo suíço musical", para o meu grande amigo, o Forrozeiro "WESLEY DOS TECLADOS" que conseguiu recuperá-lo ingetando silicone nos milhares de tuneis cavados pelos famintos cupins em seu interior, após a "recuperação", Wesley o utilizou por um bom tempo para apresentações estilo "playback", em programas de TV, com certeza "Cumpinzada" deve ter adorando o novo dono, e suas aparições na telinha...

Com isso cheguei a "temporária" conclusão que lugar de tecladista é atraz do palco, do lado da bateria quietinho e imóvel, só mexendo os dedos e... tocando teclados fabricados apenas em PLASTICO, FIBRA DE CARBONO, ALUMINIO!!!" - Madeira nunca mais!!!

1984 - Tia Redonda era o nome do Bar...

Eu tocava toda a sexta feira com a Banda Overdose em um bar com o nome de "Tia Redonda" em Guarulhos, muito embora a proprietária da bar fosse magérrima... Este bar nos dias de hoje seria um "buteco" politicamente incorreto. Isto porque ele ficava bem de frente ao portão de saída da faculdade Farias Brito. Não preciso nem dizer que .. obviamente muita gente "cabulava" aulas para assistir a banda de sexta feira, vira e mexe o reitor da faculdade vinha pedir para o dono do bar, só começar o show 20 minutos após tocar a sineta do termino do recreio, o que muitas vezes não adiantava muito...


Chiquinho Frajola (Baixo) e Karlinhos Sobreira (vocal)

























Guitarrista Acasio e sua incrível Guitarra GR-707

















Meu primeiro Set Up

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Micos... Limas... & Cia Ltda



Todo musico de fato já teve tem seu mico.. o lima... Eu por exemplo tive alguns.. entre eles o melhor.. digo.. "o pior" de todos foi um Show que se se realizou no estádio municipal de Guaxupé - SP
O show foi um fracasso, graças a nosso "pseudo" empresário que pela qual, não vou citar o nome.
Tocamos para "ninguens" e grilos, em cima da Boléia de uma carreta, um sereno e um frio desgraçado, meu Yamarra DX7 molhado de serêno.. e no final precisamos tirar dinheiro dos próprios bolsos para abastecer o onibus, só assim, foi possível voltar para casa!!!.
Ps Nós deixamos nosso "Ex" empresário, e sua mala "sem alças", na rodoviaria de Guaxupé, e fomos embora sem um puto sequer para tocar um cafezinho. Se não me engano acho que ele morá lá até hoje rs rs rs..

Banda Overdose - Vídeos

Abaixo postei alguns vídeos de um mesmo show realizando no dia 20 de setembro de 1986, na "danceteria" New Wave em Guarulhos. E esta danceteria tinha algo bem peculiar, na entrada principal existia uma quartinho com suportes, para os clientes guardarem suas armas e fichas numeradas para pegá-las no fim da noitada, foi a primeira vêz na minha vida, que eu vi um cara ser revistado de cabeça para baixo, suspenso pelos tornozelos muito bem seguros, pelas mãos de um unico segurança, que o sacudia na esperança de que caisse alguma moeda, para cobrir a conta não paga pelo infeliz morcego., lugarzinho familiar hein ???

NOTA: desconsiderem a qualidade de imagem e som.. pois naquela época em que o gravamos estes vídeos... A camera ia na mão em punho, mas o vídeo cassete dependurado nas costas do cinegrafista..vale apenas como destaque audio visual de uma época inesquecivel que vivenciei e toquei pelas noites... os anos 80..











Como Entrei na Banda Overdose




Um fato inusitado ocorreu uma semana antes de entrar na Banda Overdose, eu tocava com a banda Megahertz do músico Beto Ribeiro, e confesso que se não fosse por ele nunca teria tocado no Overdose. Acontece que fui dar uma canja com a banda do Beto no Bar Tia Redonda em Guarulhos, porem a banda que estava tocando era o próprio Overdose, fizemos uma rápida apresentação e quando eu já estava no carro para ir embora, chega correndo o vocalista do Overdose Eduardo Tovani, e ele me entregou um bilhete dizendo, liga para mim para que possamos conversar.
Liguei para ele na segunda feira e eu acertei em tocar com o Overdose sem que isso atrapalhasse as datas que fosse fazer com o Beto, porem como o Beto fazia um esquema de trabalho próprio. Raramente tocávamos, por isso concluí que não haveria problema algum em tocar com eles, alem do mais com eles eu recebia cachê que muito me ajudava afinal eu era um jovem de 24 anos e precisava de dinheiro. E com isso não prejudicaria o trabalho com o Beto, sinceramente nunca pensei em largar o trabalho com minha antiga banda, pois era um trabalho interessante, eu gostava muito de faze-lo.
Porem quando na primeira apresentação com a Banda Overdose, isto foi em um bar já extinto na rua dos Ingleses, após a primeira entrada quem estava lá?, o próprio Beto, que chegou até mim no palco gritando e esbravejando de uma maneira bem exagerada na frente de tudo e de todos. Calmo como sempre, tentei explicar por alguns instantes sem sucesso, e após a conversa tomar o lado da ofensa moral, eu simplesmente disse; -“Já que é desta maneira eu não vou mais tocar você”, e nunca mais vi o Beto Ribeiro.
Sinceramente fiquei muito chateado por isto ter tomado um rumo tão adverso as minhas previsões, afinal desde então e por toda a minha vida, sempre fui sincero no que diz respeito a trabalho e respeito pelos meus colegas nas bandas em que participei. Se se tinha que sair, sentava e conversava.
Aprendi algo com a vivencia deste fato, Esse negócio de agradar Gregos e Troianos sempre acaba em M... com certeza sempre acaba mesmo, e assim minha vida seguiu rumo próprio e a dele também, mesmo assim ainda considero como um irmão que muito me ajudou no início de minha carreira musical. Não guardo mágoas e aconselho ninguem guardá-las também.. pois o mundo dá voltas.. muitas por sinal..

Changes...




1984 - Sai da banda Made in House, e entrei na banda de musica alternativa “Megahertz”(Teclados), ensaiei com a banda fiz dois shows, mas Megahertz para entrar na banda de cover Rock pop "Overdose", fiquei nesta banda de 1984 a 1988, seus integrantes e amigos até hoje era na época Chiquinho Frajola (Bass & Vocals), Karlinhos e Edu (Vocais), Casio (gtr), Moraes (drums). Me apresentei com a banda em bares como Sampa (rua dos ingleses), Persona (bexiga), Duboiet (S.Caetano),QG (Pinheiros), Woodstock Bar (Pinheiros), Show Days Sallon (antigo Resumo da Opera “Pinheiros), Calabar (Pinheiros), Pepsi Music Hall (Santana), Recanto Brasileiro & Tia Redonda & Danceteria New Wave (Guarulhos).

Fender Rhodes


1983 - O incrível Fender Rhodes que eu troquei pelo meu piano Jasinsky. O bar se chamava Arco Iris, (acho que vocês não notaram porque ele se chamava assim...) , Voltando ao Velho Rhodes Fender, ele era um ótimo instrumento o problema era que, eu jamais poderia brigar com ninguem da banda pois... corria o risco de ser obrigado a pedir ajuda aos garçons, para descer os 60 degraus de escada do bar até a rua e depois... colocá-lo na Brasilia azul calcinha de minha mãe, o peso aproximado do piano 65 kgs, por causa disto e pela febre dos teclados, o passei para frente.

Banda Made in House vídeo

Made In House

Minha primeira Banda cover se chamou "Made In House", tudo comecou com uma visita que fiz ao bar recanto da montanha no Alto da Serra da Cantareira, já era conhecido do bar, e fui concidado pra dar uma canja. E comecei a tocar com eles naquele mesmo instante com eles, uma parceria que durou... Esta foto tirada ao velho e bom estilo "Abbey Road", exibe os músicos (direita para esquerda), Kaká, Áureo, Paulinho, e Benjamim. Nesta banda eu usava um piano da casa e mais adiante adquirir um Teclado Casio Ct405 "foto", na sequencia adquiri meu primeiro Korg.. um Poly800.

Bar Beleléu - Santana


Após o serviço militar iniciei minha carreira como pianista de blues no bar Colarinhos.(S Amaro), a seguir mantive esta atividade por um tempo fazendo happy hour em alguns bares como o Clyde's, hoje com o nome de "Na Mata Café". toquei também com o antológico grupo Os Uirapurus no bar “A Toca”.
Até conhecer meus futuros companheiros de MPB musicos de alto nível e que juntosw fundamos o Grupo Topeth no bar “Beleleu” Santana, Bar de propriedade do musico Mariano Baby, que eram excelentes instrumentistas e cantores de MPB. Foi nesta época que conheci e comecei a tocar com os músicos os musicos Beto Ianicelli e Airton, musicos estes de concepção harmonica super avançada, e foi com eles que comecei a me encantar com o Jazz, MPB, e assim comecei a beber nesta fonte harmonica inesgotável, na minha opinião todo musico deveria beber também. seja lá que ele fosse tocar no futuro.

Aprendi muito com Beto e o Airton, alem deles faziam parte desta banda Waldir (cantor), Baby (Cantora) Gera (bateria e percussão), outros musicos também tocaram nesta gig fantástica que foram Bira(Baixo), Vassoura (Bateria). Incrível é que sempre aparecia no barpara dar canja, musicos como Filó, Pixú, Lula Barbosa, Celso Machado entre outros.

O Bar Beleléu que existiu no início da década de 80, era sim um polo cultural tal qual o Boca da Noite no Bexiga. Foto documentario de uma apresentação com o grupo Toppeth no Bar Beleleu, o piano em questão era o meu bom e velho Jasinky que eu levei para o Bar, Voces estão vendo aquela mesinha a minha esquerda..., certa vêz eu fiz um bebado cair por sobre ela e sentar por sobre um copo, eu dei um "chega pra lá" de cotovelo nele, quando percebii que ia ter que aturá-lo por muito tempo em cima do palco com o braço por sobre o meu ombro, aquele bafo de combustivel de avião, me pedindo para que tocássemos "Ronda".... que tombo...

em 1982 participamos do Show de comemoração do aniversário do bairro de Santana realizado ao ar livre bem em frente ao monumento dos heróis da FEB(Grupo de MPB Topeth), o bebado do copo estavá lá, entretanto os seguranças do evento não deixaram ele subir no palco... rs rs rs

Piadas de Caserna - O Poder da musica


Foto interessante esta.. durante o serviço militar eu com a minha "inseparável" corneta, inseparável porque quando ela ficava em minhas mãos eu não precisava prestar continência para ninguem, o regulamento dizia "corneteiros não prestam continencia". Mas voltando a esta foto, lá estou eu prestes a executar a marcha batida para o hasteamento da bandeira e por conseguinte a rendição da guarda do quartel, estou logo atrás do oficial de dia apelidado de "coqueiro", dá para perceber porque não é???. Como seu apelido já dizia, ele realmente dava uma sombra muito boa para aquele sol matutino, e os guardas, bem...os guardas se dirigiam para as suas guaritas para "puxar uma hora"..., e o esperto ia enrolar o dia inteiro até a hora do toque de "avançar o rancho", mais conhecido como almoço para os paisanos.

A música pode proporcionar poderes interessantes para um musico corneteiro, quando ele está servindo o exercito, entretanto fui testemunha e autor de uma destas ocasiões incríveis onde um simples corneteiro tem toda uma tropa aos seus pés, digo a mercê de suas notas musicais...Como se sabe, o comandante de um batalhão jamais diz para todo um batalhão perfilado a sua frente ordens como: Sentido!!! Descansar!!!! Ordinário.. Marche!!! esta é uma das inúmeras funções que um corneteiro possui.

Para cada ordem que se dirige para uma tropa, sempre existe um toque de corneta, como por exemplo o famoso ORDINÁRIO!!! MARCHE!!!!!!, desta forma toda vêz que um quartel inteiro se perfilar diante de seu comandante, todas as ordens são solicitadas por ele para o coneteiro "de dia" executar, e neste dia fatídico para muitos eu era “O CARA”.

Nesta ocasião em que todos os 850 militares do quartel estavam se alinhando para o inicio desta cerimônia matinal habitual, o comandante do batalhão, me falou baixinho, -“Corneteiro!!! preciso que você me execute um toque que ninguém neste batalhão conheça, o que você sugere”.Eu pensei.. pensei... já me preocupei justamente com meus superiores hierárquicos tais como com tenentes coronéis, capitães, tenentes, e sargentos que também estariam perfilados com os soldados rasos no pátio.

Resolvi rapidamente estas questão sugerindo um toque que só afetasse aos soldados, desta forma me livraria de ser punido de baixo para cima pela hierarquia militar, afinal no futuro todos iriam saber que, quem escolheu o toque fatídico teria sido EU!!!!, lembro que o comandante de minha companhia, que também estaria perfilado junto com todos, e com certeza me puniria se eu o incluísse neste comando.

Desta forma me decidi e disse ao meu comandante, “Coronel o toque que com certeza ninguém irá identificar é o toque de ARMAS AO SOLO.NOTA DO ESCRITORO toque de “Armas ao solo”, que nunca tinha sido utilizado naquele batalhão em minha incorporação, consiste em uma relação específica de notas que identifica a ordem acima mencionada, após este ato o corneteiro toca uma nota aguda que denuncia o inicio da realização da ordem. Os comandados deverão na sequencia dar um passo a frente com o joelho flexionado ficando rente ao chão, olhando para frente com seriedade, e seu fuzil colocado no solo com a mão direita por sobre o mesmo.

Para a conclusão deste comando o corneteiro executa novamente a mesma nota aguda, e após este segunda ordem, o soldado deverá voltar a posição inicial, mas...“sem arma”, pois o fuzil ficará no chão bem a sua frente.-“Muito bem corneteiro", disse meu comandante”, quando eu mandar, "você toca armas ao solo, ok??", -“Sim senhor comandante”, disse eu de peito estufado, e em posição de sentido, e pensei com meus botões...”e seja o que Deus quiser”...Mesmo sabendo que após este toque, com certeza eu iria ”tocar a maior zorra” que o quartel já havia presenciado, fiquei calmo, afinal o homem era meu comandante, e seu eu não o obedecesse era preso com certeza.

Perceberam como a coisa era meio, “se correr o bicho pega se ficar o bicho come???”, se não for esperto no exercito você dança..E finalmente a cerimônia matinal tem seu derradeiro inicio, tudo vai correndo como a rotina de todos os dias, sem erros, tudo normal, mas só eu sabia o que o destino havia reservado para os soldados.Os comandantes de companhia apresentaram seus comandados para o Coronél Comandante, a marcha batida é executada pela bandinha do quartel..a bandeira é hasteada..., o comandante me pede para que eu toque sentido, tudo na maior normalidade.

De repente ele vira para mim...coloca a mão por sobre o microfone que usava para discursar , para que ninguém ouvisse, e me disse baixinho “Toque o toque!!!”.Efetuando um giro com a corneta entre os dedos, movimento semelhante que os tenistas fazem com as raquetes de tenis, posicionei o bocal da corneta nos lábios solenemente como sempre fazia, encarei aqueles 850 caras perfilados na minha frente, e por 5 segundos, que me pareceram 5 horas, curti todo o poder que meu comandante havia me confiado para aquele acontecimento!!!

Executei o toque inicial, durante a pausa, de rabo de olho já percebia que muitos soldados na tropa já se entreolhavam completamente perdidos com o toque que eu havia realizado, finalmente toquei aquela mortal nota aguda para a execução do comando....E o que se seguiu, foi a maior bagunça que 850 homems ccompletamente desavisados poderiam fazer, uns saíram marchando, outros deram meia volta e trombaram cara a cara “com os que estavam marchando”, uns apresentaram armas ou descansaram e acabaram sendo atropelados “pelos que estavam marchando”.

Entretanto oficiais, cabos e sargentos não se mexeram, graças a deus, minha extratégia havia dado certo, consegui fazer exatamente isso que meu comandante havia determinado, coisa que vir a saber o porque, tempos depois.Mas voltando a TURBA...enquanto cada soldado fazia uma coisa mais diferente e mais esquisita que seu colega do lado, o comandante tira o microfone do pedestal com energia e raiva e diz inteligentemente para que todos o ouçam..: -“Corneteiro toque Sentido”, com certeza neste instante este seria o único toque que daria fim naquela loucura, se eu tocasse mais algum toque extranho, soldado ia acabar dando tiros para o ar.

Com certeza esta gente adorou ouvir aquele toque “conhecido”, depois de tamanha bagunça coletiva, e após a nota aguda de execução, todos pararam no lugar onde estavam...., muitos já haviam se distanciado uns 60 metros da posição em que inicialmente se encontravam, acho que muitos estavam indo para o restaurante, pensando que eu tivesse tocado o famoso "toque do Rancho", Hi!! Hi!! Hi!!.Um silencio sepulcral se instalou no pátio do quartel, nunca na minha vida eu consegui segurar um riso descontrolado, e como estava ao lado do comandante aprendi naquele instante a fazer isso, ou ir para a cadeia...

Na seqüência o comandante diz: -“O que está acontecendo com vocês soldados??? Será que vocês não sabem reconhecer um simples toque de “ARMAS AO SOLO???”, isso é uma vergonha etc.. etc.. etc.A seguir o comandante diz, ;-“Comandantes de companhia!!! eu quero que todos os seus comandados fiquem treinando ordem unida o dia inteiro, e que sejam utilizados todos os toques que existirem no manual do exercito, até estes “mocorongos” não se esquecerem de nenhum, quero ver amanhã se estes soldados vão se esquecer de algum”.Depois eu vim a saber que, como já estava muito próximo o “dia do soldado”, o comandante queria testar e bem como fazer com que os soldados treinassem ordem unida com afinco, para que desta forma ninguém pagasse vexame no dia do soldado.

Esta solenidade é realizada com todos os batalhões de São Paulo perfilados, e na frente do general comandante da região, e o presidente da Republica, que na época foi o Presidente Ernesto Geisel.O quartel treinou o dia inteiro, só parando para o almoço, eu e meus colegas corneteiros trabalhamos muito neste dia também, no final da tarde eu não conseguia mais tocar, pois justamente o treinamento foi executado com corneta.

Acho que no final do dia minha boca estava com o mesmo aspecto que provavelmente deve ficar a boca de um trompetista depois de tocar por 5 dias seguidos em um baile de carnaval.No dia seguinte "novamente", durante a cerimônia matinal com a tropa, adivinhem qual foi o primeiro toque que o comandante pediu para que o corneteiro do dia tocasse... ???.

Meu bom e Velho Piano Jasynski



1969– Meu bom e velho piano alemão "Jasynsk", que comigo ficou por vinte poucos anos, infelizmente eu precisei vendê-lo muitos anos depois, tudo porque alem dele já ser um piano velho, o volume de estudo que realizei nele, que em em média éra de oito horas por dia, acabou por desgastar seus mecanismos, e que nenhum profissional me garantiu que a sua dinamica poderia ser recuperada, observem as teclas, após 6 anos de uso já estavam bem assimétricas.

Tenho saudades de meu velho companheiro que acompanhou toda a minha juventude, e.. tenho saudades de minha "franja" na testa também rs rs rs..

1966 – 1o recital Parte II


Foi realizado no auditório da Folha de São Paulo, esta foi minha primeira apresentaçao em público, sem contar as que eu realizava sempre para minhas tias nas fatídicas tardes de sabado, só de olhar para esta foto me dá um frio na barriga, notem na foto abaixo que minha tia e meu primo estavam na primeira fila, para dar uma força moral e por sinal eles estavam...,"muito animados", com a peça que eu estava executando.

Milagres da internet!!!!


Conforme meu apêlo no scrap anterior, recebi uma foto histórica de minha mestra, nesta foto cedida gentilmente pela colega Telma, que é a menininha de vestido Branco com o ramalhete de flores nas mãos, minha mestra está na extrema direita da foto

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Amizades Verdadeiras...


A Amizade entre músicos, mesmo que na mais tenra idade duram para sempre... trancendem as eras.. os obstáculos, até o egocentrismo quando este for latente... o9 que não foi no nosso caso. Neste instantãneo "noir", encontram-se a minha esquerda, as "pequenas notáveis", Maria Cecilia Moita "com óculos" , Maria Cristina Moita e Rosaly Dambrauskas, que gentilmente me cedeu esta foto. Tres meninas que são minhs amigas até hoje. Cada qual seguiu seu rumo.. mas a amizade perdura e assim o será para todo o sempre...
Pergunto: Alguem mais se encontrou achou nestas duas fotos???, entrem em contato comigo meninas!!! ou acessem a comunidade orkut do nosso saudoso Conservatório: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=78766225

1o Recital Parte I


Um momento realmente especial apra mim, a foto após o recital. Adrenalina correndo solta, "e que me vicia até hoje". Juntos todas as "minhas colegas" após a audição, Dna Haydée está a direita sentada perto do piano, observem o numero de mulheres que estudavam em comparação ao número de homens na época, aha!! atenção especial ao garoto de "Paletózinho Preto" no centro da foto.(Foto cedida pela colega Rosaly Dambrauskas)

Inicio de tudo...



1963– Iniciei meus estudos de piano classico no Conservatório Paulista de Musica e Artes sob a direção da grande pianista... professora..., mentora... mãe postiça... "Dna Haidée Spanopoulos". Dna Haydée era pessoa incrivel, muito rígida e seu método de ensino, mas me ensinou "a duras penas" tudo que eu sei. E lhe serei grato eternamente por todo o esforço que desprendeu por mim, fato este que infelizmente nunca pude lhe retribuir, devido a seu falecimento repentino a muitos anos atras, entretanto desejo muito para que Deus sempre ilumine sua alma imortal. Voltando aos estudos do passado, as vezes Dna Haydée me dava uns tapinhas na mão quando "distraidamente" eu chegava para a aula, "meio que no mundo da lua", e então abria a pagina de um exercicio do livro Pozzolli..., e começava a tocar o exercicio do Livro Cesi, sem perceber que os livros foram invertidos por minha mãe Dna Gessi, quando em uma de suas investigações básicas em meus compendios musicais, eu acabava levando uma bela bronca de minha "2a mãe", Dna Haydée. É pessoal, a combinação explosiva de "ouvido apurado" e "cabeça no mundo da lua" as vezes nos proporciona experiências bem doloridas...

1961 - A Primeira Sanfoninha Ninguem Esquece...






Aos 3 anos de idade meu pai, queria que eu fosse musico, e devido ao seu gosto refinado por musica, ele queria que eu tocasse "sanfona", instrumento da moda na época, mas... aquele maldito fole incomodava..., meu pai até que dava uma força, mais a coisa só funcionava quando ele colocava a sanfona por sobre o sofá, e puxava o fole, para que eu tocasse

Porem em um dia iluminado, em uma certa festinha infantil realizada na antiga sede do SESC, lá estava ele... Um piano "de cauda" Pleyel francês escondido em um corredor escuro do prédio, e lá fui eu em direção daquele maravilhoso mostrengo negro de madeira e marfim, tão comprido quanto o Aero Wyllis 1960 do meu pai.

Levantei a tampa protetora do teclado "que por sorte histórica estava aberta", peguei o dedo indicador, pressionei a primeira tecla de minha vida.. Escutei aquele som incrível, maravilhoso, suave..., lógicamente na sequencia comecei a usar os meus punhos que produziam um volume bem mais significativo, minutos depois ninguem conseguia me arrancar de perto daquele tranbolhão barulhento... negro... Pessoalmente reconheço que nem jogando um balde de agua fria em cima...

Após esta casualidade histórica, meu pai descobriu qual seria o meu futuro, e resolveu me colocar para estudar piano, e foi a partir deste momento que começa uma relação de amor e devoção para com o piano, a música, e anos depois o teclado... esta é minha história.